“…ex tenebras ad lucem…” [Convidados]

Ou, das trevas à luz, como disseste, olhando suas sombras. Latim. Não falo latim, falo grego, como era de se esperar. Também não gosto de olhar minhas sombras, o faço por sobrevivência o que me trouxe progressos. Antes caminho às sombras, ou às brumas do mundo. Atraída por elas penetro em seus mistérios, aprofundo-me, como é meu natural.

No mundo de brumas o sol se abre e mostra outros tons. Verdes de cheiros frescos, campos de lavanda. Num mundo de valores e coragem onde talvez estejas também, onde o grego é língua de sábios e o povo comum fala outros sons que identifico como meus iguais a luz deste tempo.

Danço essa música, como disse, no ritmo dos ursos selvagens, precursor dos conceitos de amor e amizade que se tem em conta. Urso apaixonado. Sensorial. Seu desejo é vida corrente e ele luta por ele até a morte, como tem que ser, sem espaço para arrependimentos.

Assim falo o grego, buscando a luz latina no “Cogito, ergo sum” : “penso, logo existo”. Num pensar de lógica complexa, como complexa é a natureza humana.

Por Coral

Este é o primeiro de vários posts de Convidados (ou Guest Bloggers, se preferirem) que pretendo publicar por aqui.

Coral é uma querida amiga, conhecida virtualmente em tempos outros, mas que já tive o prazer de conhecer pessoalmente. Poderia escrever algo sobre ela, mas mais apropriado, além do próprio post acima, é citar o texto do e-mail no qual enviou-me o post…

“Amigo,
Não dá para negar que seu pedido me atraiu e retraiu…rs
Difícil falar na casa alheia, mesmo sendo sua, embora hoje ela tenha, em alguns momentos roupagens diferentes dos fios que nos uniram. Talvez eu não o tivesse reconhecido nestas roupas, e não sei se minhas palavras farão sentido aos seus leitores, mas tenho prazer em joga-las ao vento, principalmente o seu vento, meu caríssimo amigo dos tempos.(…)”

Obrigado, Coral…

Momento Cristina Branco [Música]

Porque me olhas assim
Letra e Música: Fausto Bordalo Dias

diz-me agora o teu nome
se já dissemos que sim
pelo olhar que demora
porque me olhas assim
porque me rondas assim

toda a luz da avenida
se desdobra em paixão
magias de druida
p’lo teu toque de mão
soam ventos amenos
p’los mares morenos
do meu coração

espelhando as vitrinas
da cidade sem fim
tu surgiste divina
porque me abeiras assim
porque me tocas assim
e trocámos pendentes
velhas palavras tontas
com sotaque diferentes
nossa prosa está pronta
dobrando esquinas e gretas
p’lo caminho das letras
que tudo o resto não conta

e lá fomos audazes
por passeios tardios
vadiando o asfalto
cruzando outras pontes
de mares que são rios
e num bar fora de horas
se eu chorar perdoa
ó meu bem é que eu canto
por dentro sonhando
que estou em Lisboa

dizes-me então que sou teu
que tu és toda p’ra mim
que me pões no apogeu
porque me abraças assim
porque me beijas assim

por esta noite adiante
se tu me pedes enfim
num céu de anúncios brilhantes
vamos casar em Berlim
à luz vã dos faróis
são de seda os lençóis
porque me amas assim

O Novo Tema [Site]

O tema novo do blog, que inaugura o ano e copia descaradamente o sistema de versionamento do Ubuntu Linux ainda não está 100%, ainda merece alguns ajustes no banner-logo

O mais importante é que a homenageada, minha filha (o olho é dela), adorou o resultado.

Filha“!?!?!

Filha no coração, no sentimento (e ela me chama de papi. Fofo, não?)… É, em verdade, uma jovem ex-aluna (de uma das turmas de sábado que citei no post anterior) que foi também da minha equipe de estagiários, e que me conquistou há tempos… ^^

Diante de sua resposta entusiasmada ao tema, é provável que Opéra Gothique 09.1 “Cris tenha vida longa (LTS, entenderam ubunteiros?^^)…

Obrigado, Cris…

Momento Professor [Vida]

Momento nº 1

Leciono como principal atividade já há mais de um ano, e como aprendi a amar (além de ter um gene perdido relacionado, com certeza) ministrar aulas, já está na rotina e no “sangue”… Mas este sábado, comecei com três novas turmas em um novo local de trabalho (cada vez mais me sinto um professor típico do País das Maravilhas Brasil que trabalha em mais de um lugar)…

Apesar da Diretora ser tranquila e ter claramente gostado de mim e do meu curriculum, apesar do material didático, do programa do curso, duração e módulos serem os mesmos do meu local de trabalho principal, em cada uma das turmas, nos momentos inciais, lá estava aquela velha conhecida sensação: o frio no estômago

Momento nº 2

Após minhas primeiras aulas no outro curso fui direto até onde, começando essa semana, ficarei apenas de segunda à sexta-feira, para informar aos meus alunos que não mais estaria com eles.

As aulas foram tranquilas e no final de cada uma, após conversar com eles, vários (a maioria, talvez) vieram me cumprimentar, abraçar…

Momento novo desconhecido para mim: Coração apertado

Amo meus alunos, sinto falta deles quando não comparecem, e quando as turmas encerram. Mas esta sensação de aperto no coração, que já tinha visto retratada em tantos filmes, e contada por minha mãe tantas vezes ao longo da vida, é absolutamente nova…

Sensação que, aliás, continuo a sentir…

Luz e Harmonia [Ano Novo]

Dois Mil e Oito: Já vai, tarde?

Dois Mil e Nove da Era Cristã: Que a Mãe Kali permita que chegue com novas perspectivas….

Este ano que finda definitivamente não foi “mara”… aprendi muitas coisas é verdade, mas aprendi com erros e tropeços…

Por outro lado, neste ciclo, aprendi como é gratificante educar…

Aprendi a priorizar melhor em minha vida pessoal, após questões com meu Mozinho…

E confirmei a máxima daqueles que gostam de História (notem o capitular): “Aqueles que esquecem o passado, estão condenados a repeti-lo”…

Também retomei contato com minhas irmãs, que embora não sendo de sangue são muito, muito amadas…
Também perdi uma delas de vista, o que me deixa muito, muito triste…

Aprendi sobre mim, sobre quem sou. sobre o que sou, sobre minha posição no universo…

Tomei minhas decisões para o próximo ciclo…

Aos meus amigos e leitores:

Luz e Harmonia, no ciclo vindouro.

Feliz 2009!!!

Desconstruindo Lee (II)

Há cerca de 20 anos, eu perdi alguém

De uma forma brutal, sem sentido, sem necessidade. Alguém destruiu sua vida (ou pelo menos assim espero, que a Deusa me perdoe) e eu fiquei sem ela em minha…

Sinal fechado para os automotores; ela atravessando na faixa; ônibus avançando o sinal, por detrás… dá para entender, não?

Fui uma das últimas pessoas (até onde sei) a falar com ela… E uma das primeiras a saber, no dia seguinte, de sua partida…

Fui ao funeral, mas não quis ver o corpo… Este não me diria nada. Sua lembrança alegre, “descolada” com diz-se hoje, dizia e diz muito…

Don’t know what you got (till it’s gone)” – não sabes o que tem (até que se vai) – nunca soou mais verdadeiro, embora a música do Cinderella seja mais recente que os fatos…

Eu amei a ela… Não o soube, até que ela me faltou… Não sei que forma esse Amor teria tomado, tivéssemos mais tempo…

A única coisa que sei é que carrego esta dor comigo, até hoje…
Mas é algo que me impulsiona… Costumo dizer que ela me trouxe um prenúncio do devir
Dediquei um trabalho a ela (que teve muito sucesso, aliás), e dei-lhe um apelido que somado a seu nome, apontava para um futuro (agora presente) que jamais imaginaria…

Descontruindo Lee (I)

Estou em meio a uma época de quebra (e reconstrução) de paradigmas, pela segunda vez em minha vida. A primeira foi durante o Retorno de Saturno

Ando (re)descobrindo e (re)definindo “comos”, “quandos” e “porquês” e, consequentemente, me (re)criando.

Feliz ou infelizmente, tudo o que está cristalizado em nós e muito próximo ao nosso núcleo, é virtualmente imutável. Mas podemos aprender a lidar conosco e com o mundo de formas mais inteligentes e interessantes…

Todo esse processo tem suas alegrias, mas não é isento de dor. Entretanto, como da última vez, acredito que o resultado final (final?) seja válido e positivo…


Por muitos motivos, costumo dizer que não sou uma “pessoa” ou um “homem”, e sim uma “ameba”.Para tornar a frase acima clara como carvão, cito texto meu que abre meu perfil no orkut:

Sou…
“Sou um teste de Rorschach…

“Posso ser o que você quiser,
Como você quiser,
Quem você quiser…

“Sou contradição,
Enigma,
Lux et tenebras…

“Decifra-me e te devoro…”
(M. Lee Gonçalves, Março/2008)


E falando em orkut, comparando meu perfil como está agora com o que era há tempos, pode-se ver um retrato evolucionário interessante deste Teste de Rorschach Ambulante que escreve estas linhas…

Mesmo sem ter memória ou conhecimento do que foi, a leitura do perfil que está é interessante. Quem me conhece pode até tentar extrapolar…

Certo dia, em outro blog, me defini como “um monte de contradições que funciona”. Tempos depois, decidi que não funcionava tão bem assim. Hoje em dia, ainda sou contraditório, mas funciono bem melhor

Não recomendo a ninguém entrar desavisadamente na minha mente, para sua própria proteção… Mas podemos fazer uma pequena visita guiada, acompanhando nuances dos meus perfis da web social

E o que vemos? Podemos ver alguém que:

  • Respira Tecnologia da Informação;
  • tem preocupações ambientais (sou membro/colaborador do Greenpeace);
  • está em “toda parte” pela Web 2.0;
  • usa muitas “máscaras”, e mais camadas que uma cebola;
  • tem preocupações místicas/religiosas e mágicas;
  • ama leitura e conhecimento, cinema, música, arte e cultura;
  • adora filosofia e pessoas inteligentes, intelectualmente estimulantes;
  • ama muito, a poucos;
  • tem questões de interação social;
  • não gosta de ser “típico” ou “normal”;
  • gosta de androginia (e me considero um Andrógino Mental/Emocional);
  • estudou design e interiores na EBA-UFRJ;
  • assiste GNT e curte (algumas poucas) produções da Globo;
  • é simpatizante da comunidade GLBT;
  • gosta da filosofia oriental;
  • conhece armas de lâmina;
  • curte quadrinhos, mangá e anime;
  • tem atração por mulheres maduras e inteligentes (Mônica Waldvogel!!!);
  • gosta de gatos (e “gatas”, concedo) e cachorros (mas não das “cachorras”);
  • é canceriano;
  • adora seriados estrangeiros, especialmente cult;
  • tem um espírito gótico;
  • prefere permanecer uma incógnita